A reader lives a thousand lives before he dies, said Jojen. The man who never reads lives only one. (George R. R. Martin)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A Queda dos Gigantes (Trilogia: O Século Livro 1)


No mesmo dia em que o rei Jorge V foi coroado na Abadia de Westminster, em Londres, Billy Williams desceu ao poço em Aberowen, no Sul de Gales.
(…)
Hewitt Seboso estava de tacha arreganhada. — Não tiveste medo, Billy, lá sozinho no escuro?
Ponderou uma resposta. Estavam todos de olhos cravados nele, à espera de ouvir o que teria a dizer. Os sorrisos matreiros tinham-se desvanecido, e os homens pareciam agora ligeiramente envergonhados. Decidiu dizer a verdade.
— Tive medo, mas não estive sozinho.
Hewitt ficou desorientado. — Não estiveste sozinho?
— Não, é claro que não — reiterou Billy. — Jesus esteve sempre comigo.
Hewitt soltou uma sonora gargalhada, mas foi o único. O seu riso grosseiro ecoou no silêncio e deteve-se abruptamente.
A quietude prolongou-se por alguns instantes até ser interrompida por um ruído metálico e um solavanco. A gaiola começara a subir. Harry voltou-lhe costas.
Depois disto, passaram a chamar-lhe Billy-com-Jesus.


Chegada a última página este livro deixou-me com uma mistura de sentimentos.
Se por um lado não o conseguia largar, e estava sempre curiosa com o que iria acontecer aos mais variados personagens, por outro o tempo livre não era muito.

Com uma narrativa incrível, quer a nível do enredo e cruzamento de personagens de diferentes nacionalidades, desiludiu-me um pouco no final, em que há um salto de três anos e parece que o destino de alguns personagens chave foi contado à pressa. Claro que é apenas o primeiro livro de uma trilogia, mas, depois de todas as emoções da I Guerra Mundial, estava à espera de outro desfecho. Acho que foi o que lhe fez "perder" as 5 estrelas...

O facto de ser um livro com mais de 900 páginas pode, no entanto, ser um factor desencorajador para muitos leitores. Eu aconselho-o! Depois de começarmos a ler, o número de páginas é apenas um pormenor ao qual não ligamos muito. O único problema de ser um "calhau" era transportá-lo na mala para aproveitar todas as oportunidades para devorar mais um bocadinho.